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Ação climática para proteger a saúde humana

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Filipe Duarte Santos

Desde a Revolução Industrial que estamos a modificar a composição da atmosfera devido principalmente ao uso intensivo de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural –, às alterações no uso dos solos, especialmente a desflorestação nas regiões tropicais e subtropicais e ao consumo intensivo de carne de animais ruminantes. Esta modificação resulta da emissão de gases com efeito de estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).

 

Há essencialmente dois tipos de resposta às alterações climáticas: a mitigação e a adaptação. A primeira é uma intervenção humana para reduzir as fontes e potenciar os sumidouros de gases com efeito de estufa. A adaptação é um processo de ajustamento ao clima atual e futuro e aos seus efeitos. 

 

Um dos setores mais vulneráveis às alterações climáticas é a saúde humana. Serão apresentados e debatidos os principais impactos diretos e indiretos das alterações climáticas sobre a saúde humana. A origem destes impactos encontra-se nas variações dos padrões de temperatura, na maior frequência e intensidade de eventos extremos, tais como ondas de calor, secas e precipitações intensas em intervalos de tempo curtos, temporais extratropicais e ciclones tropicais. Estas mudanças podem afetar a saúde através de doenças relacionadas com a qualidade e disponibilidade da água, a poluição atmosférica (aumento do ozono e fumos resultantes de fogos florestais e rurais) e doenças transmitidas por vetores.

Apresenta-se uma visão global e regional para a Europa, com especial enfase na sua região sul, das vulnerabilidades, impactos e medidas de adaptação para o setor da saúde face aos cenários de alterações climáticas até 2100. 

Nota biográfica

Filipe Duarte Santos é professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É Diretor do Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, que envolve as Universidades de Lisboa, Nova de Lisboa e East Anglia, Reino Unido. É Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, funções para as quais foi designado por Resolução do Conselho de Ministros, a 9 de Março de 2017 

 

Foi review editor do 5.º Relatório do IPCC e Vice-Presidente da Comissão das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Exterior. Integra o grupo de investigação CCIAM, do centro de investigação cE3c. Publicou mais de 140 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais (com sistema de arbitragem) e livros em várias áreas de Ambiente, Alterações Globais e Alterações Climáticas.

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José Carlos Carvalho

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